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Foto: Vanessa Carvalho (Folhapress)
Em um dia histórico para a política americana, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira o impeachment do presidente Donald Trump.
Eram necessários 216 votos para aprovar o impeachment -maioria simples dos 431 deputados em plenário- mas o resultado ainda não é suficiente para tirar Trump da Casa Branca.
Ao menos dois democratas votaram a favor de Trump. John Shimkus, deputado republicano de Illinois, não foi votar porque está visitando o filho na Tanzânia. Ele disse que avisou Trump que a viagem estava marcada desde antes da votação ser agendada na Câmara e que não apoiaria o impeachment caso estivesse na Casa.
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Ao contrário do Brasil, onde o afastamento do chefe de governo acontece imediatamente após a chancela da Câmara, o presidente dos EUA só deixa o cargo depois do aval do Senado, hoje comandado por maioria republicana.
A partir de janeiro os 100 senadores, 53 deles republicanos, serão os jurados das acusações chanceladas pelos deputados, em sessões comandadas pelo presidente da Suprema Corte, John Roberts.
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O avanço do impeachment, porém, vai além dos trâmites legais. O processo é pano de fundo da eleição do próximo ano e tem servido de estratégia aos dois lados de um polarizado tabuleiro político. O desfecho na Câmara, de maioria oposicionista, já era esperado em Washington, mas servirá de reforço à narrativa dos democratas de que Trump não tem mais condições de liderar o país.
A expectativa da oposição é de que o passo concreto dado nesta quarta-feira estimule o apoio popular em torno do tema e pressione os senadores a também votar pelo impeachment. Mas o roteiro tem dois problemas fundamentais: o interesse dos eleitores americanos sobre o processo diminui a cada semana e o assunto parece ter se tornado apenas mais um elemento de disputa partidária.
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Além disso, os democratas sabem, o cenário é favorável a Trump no Senado. Os republicanos têm maioria na Casa e apostam nisso para enterrar de vez o processo contra o presidente.
Ali são necessários mais de dois terços dos votos. Ou seja, no mínimo 67 dos 100 senadores precisam votar contra Trump, possibilidade remota visto que o presidente goza de expressivo apoio dentro do seu partido e poucas defecções são esperadas.